25 FATOS CURIOSOS SOBRE A CARREIRA DOS MAMONAS ASSASSINAS

Mamonas Assassinas

O Mamonas Assassinas surgiu em Guarulhos, Grande São Paulo, em 1 990, com o nome de Utopia.

O grupo lançou apenas um álbum de estúdio – por sinal, batizado de Mamonas Assassinas – que chegou a vender 3 milhões de cópias na época em que foi lançado.

Além de criar letras bem-humoradas, os Mamonas Assassinas eram originais porque faziam uma mistura de diversos gêneros musicais (rock, pagode, sertanejo, punk…), sem seguir um estilo específico.

No início, a banda cobrava em torno de R$ 8 mil por apresentação. Quando alcançou o estrelato, o valor saltou para R$ 70 mil (valor cobrado pelas mais famosas bandas de rock da época).

O grupo era formado por Júlio Rasec (teclado), Bento Hinoto (guitarra), Samuel Reoli (baixo), Sérgio Reoli (bateria) e Dinho (vocais). Com exceção do baiano Dinho, todos nasceram no estado de São Paulo.

Antes de entrar para o Mamonas Assassinas, o tecladista Júlio César Barbosa ou Júlio Rasec, trabalhou como técnico em eletrônica de uma fábrica de motores. No tempo livre, gostava de jogar dominó, dama, truco e RPG.

Alberto Hinoto, mais conhecido como Bento, foi dono de uma empresa que fabricava e vendia divisórias. Quanto tinha tempo livre, gostava de jogar tênis, participar de corridas de kart e assistir jogos do Palmeiras. Embora da origem japonesa, gostava mesmo era de uma boa macarronada.

O baixista Samuel Reoli, cujo nome verdadeiro era Samuel Reis de Oliveira, era fanático pelo time do São Paulo. Valorizava muito a família e fazia questão de afirmar com todas as letras que acreditava em Deus. Foi ele quem, juntamente com o irmão Sérgio, fundou a banda Utopia.

Sérgio Reoli, o pseudônimo de Sérgio Reis de Oliveira, gostava de games e de futebol. Era fã de bandas como Barão Vermelho, Titãs, Rush e Red Hot Chili Peppers. Era louco por uma bateria. A ideia da banda Utopia partiu dele e do irmão Samuel. Uma observação: Reoli é uma abreviação de Reis de Oliveira.

Alecsander Alves, ou mais propriamente Dinho, adorava ler gibis e era fã do Ultraman. Quando Ayrton Senna, um dos seus ídolos faleceu, permaneceu 15 dias de luto. Outra personalidade que admirava bastante, era Freddy Mercury, vocalista do Queen. Estava noivo quando sofreu o acidente que encerrou a sua carreira. Antes de se tornar famoso, trabalhava em campanhas políticas imitando personalidades como Sílvio Santos, Gil Gomes e Lula.

Apesar de ser o integrante mais brincalhão da banda, Dinho foi o que mais resistiu à ideia de abandonar as letras sérias e a performance sisuda do Utopia. Ele soltava o seu lado cômico somente nos intervalos dos ensaios dos ensaios, evitando fazer o mesmo no palco.

Os Mamonas Assassinas foram descobertos pelo filho de um empresário do ramo musical (mais propriamente da gravadora EMI-Odeon) que, ao ouvir a demo da banda, mostrou para o pai. O sujeito gostou tanto que logo chamou os rapazes de Guarulhos para gravar o primeiro álbum.

Pouca gente sabe, mas o Utopia chegou a gravar um álbum independente, batizado de A Fórmula do Fenômeno. Uma das faixas se chamava Mina, que seria a primeira versão da música que mais tarde faria sucesso como Pelados em Santos.

Durante a sua breve carreira, a banda se apresentou em todos os estados brasileiros, com exceção de Acre e Tocantins. Chegava a fazer três shows num único dia.

A música mais tocada nas rádios brasileiras em 1 995 foi Take a Bow, da cantora Madonna. Mas os Mamonas Assassinas não ficaram muito atrás: Vira Vira foi a segunda música mais executada e Pelados em Santos foi a terceira.

Pelados em Santos ganhou o troféu Imprensa – prêmio dado pelo canal de televisão SBT e entregue pelo apresentador Sílvio Santos – de melhor música de 1 995. O prêmio foi entregue aos parentes dos músicos. Aliás…

Você sabia que Pelados em Santos ganhou uma versão em espanhol, gravada pelos próprios Manonas, com o título Desnudos em Cancún?

Os Mamonas gravaram uma música que acabou ficando de fora do álbum por causa do excesso de palavrões. Chamada de Não Peide Aqui, Baby, ela era uma paródia de Twist and Shout, dos Beatles.

Um dos pontos altos da carreira dos Mamonas Assassinas foi um show feito em pleno Natal de 95 numa praia da cidade de Santos, para um público de 100 mil pessoas.

O último show da banda ocorreu no estádio Mané Garrincha, em Brasília (a banda de abertura se chamava Baba Cósmica). Um dos pontos altos foi a música Vira Vira, quando quase todo o público, constituído tanto por adultos quanto por crianças, imitou a tradicional dança portuguesa feita pelos Mamonas.

Se o acidente que matou os Mamonas Assassinas não tivesse ocorrido, eles embarcariam na semana seguinte para fazer shows em Portugal. A agenda de shows estava lotada até 1 997 (lembrando que eles morreram em março de 1 996). Os planos incluíam ainda a gravação de um novo álbum, que já tinha algumas músicas prontas.

O Learjet em que viajavam os integrantes da banda caiu no Parque Estadual da Cantareira, próximo a Guarulhos, faltando pouco para pousar no Aeroporto Internacional de Cumbica. Os destroços ficaram espalhados numa área de 100 metros de extensão. Eles só foram encontrados na manhã do dia seguinte por uma equipe de televisão que sobrevoou o parque.

Os corpos dos Mamonas foram velados juntos em caixões lacrados num ginásio de esportes de Guarulhos. O velório foi acompanhado por mais de 60 mil pessoas de toda a grande São Paulo. Eles foram enterrados no cemitério Primaveras, também em Guarulhos.

Diversas publicações sobre a história da banda foram lançadas nos anos seguintes. Ela chegou a ser homenageada por uma escola de samba do Rio de Janeiro. Cenas de um filme com o apresentador Rodrigo Faro no papel de Dinho chegaram a ser gravadas, mas ele nunca foi lançado.

Uma última curiosidade: o símbolo do grupo era uma homenagem à montadora de automóveis alemã Volkswagen, fabricante do modelo Brasília.

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