Gameplay de Resident Evil 6 é apresentado pela Microsoft na E3 2012
A Capcom anunciou o lançamento do game RE6, na E3 2012. Resident Evil 6 faz parte da série de terror da empresa, hoje mais voltada para a ação, que se prepara para um fenômeno mundial em seu sexto capítulo. Mas nem sempre foi assim. Em 1996, quando o primeiro Resident Evil foi lançado para o PlayStation One, o jogo era sinônimo de algo tosco, como um filme de zumbis classe B. Era até acompanhado por cenas com atores reais que ficaram conhecidas por serem bem ridículas. Ainda assim, vendeu cinco milhões de unidades no mundo todo.
Resident Evil 6 (Foto: Divulgação)
Isso porque, por baixo da roupagem estranha, havia um novo subgênero, o Survival Horror, que conquistou muitos jogadores com seus monstros, momentos de tensão, quebra-cabeças e foco em pensamento frio e estratégico ao invés de reflexos. O jogo teve conversões na época para Sega Saturn e PC, depois chegando a várias outras plataformas.
A série ganhou ainda mais reconhecimento com Resident Evil 2, em 1998, pois enquanto o primeiro trazia uma mansão cheia de zumbis, o segundo jogo tomou as ruas da cidade de Raccoon City, trazendo o primeiro apocalipse zumbi dos jogos. As vendas foram de aproximadamente 5,82 milhões por todo o mundo.
Resident Evil 3: Nemesis em 1999, se passava ao mesmo tempo que Resident Evil 2, e manteve os fãs da série satisfeitos com um pouco mais do que estava fazendo sucesso, ainda introduzindo o icônico monstro Nemesis. As vendas caíram um pouco nesta versão, chegando a 3,72 milhões.
Resident Evil: Code Veronica HD (Foto: Destructoid)
Com a saída do PlayStation One de cena e a entrada do Dreamcast, muita coisa ficou incerta sobre o mercado de jogos. Resident Evil: Code Veronica então foi anunciado para o console da Sega, trazendo novidades para a franquia, porém, vendendo apenas pouco mais de um milhão. Quando o Dreamcast também saiu de cena, o jogo foi para o PlayStation 2, com o qual vendeu mais 2,34 milhões.
Foi então que uma parceria inesperada ocorreu. A Nintendo havia garantido a exclusividade dos próximos títulos da série Resident Evil para seu novo console, o GameCube, começando por um soberbo remake do primeiro jogo em 2002, que vendeu quase um milhão e meio, seguido no mesmo ano por um projeto concebido anteriormente para o Nintendo 64, Resident Evil 0, que antecede os eventos do original e vendeu pouco mais de um milhão.
Resident Evil 4 (Foto: Divulgação)
O maior fruto desta parceria, porém, seria o incrível Resident Evil 4, que teve uma qualidade excepcional e revolucionou a série, trazendo mais ação do que nunca. No entanto, ele virou motivo de chacota para a Nintendo. Inicialmente desenvolvido como um exclusivo do GameCube, vendendo 1,69 milhão, o diretor do projeto, Shinji Mikami, chegou a dizer que cortaria sua cabeça se ele saísse em outros videogames.
Poucos dias antes do lançamento da versão para GameCube em 2005, a Capcom anunciou que o título sairia mais tarde também para o PlayStation 2. Não bastasse isso, até hoje Resident Evil 4 é um dos jogos com maior número de versões, tendo saído para GameCube, PlayStation 2, Nintendo Wii, PC, Xbox 360, PlayStation 3, Telefones Celulares, iPhone, Android e até mesmo para o Zeebo… Sério. Versões como a do PlayStation 2 venderam 3,62 milhões, e a da Nintendo Wii chegou a dois milhões.
Passado este episódio, Resident Evil 5 em 2009 para o Xbox 360, PlayStation 3 e PC, manteve a direção do seu antecessor, mais focado na ação, trazendo um jogo bastante sólido, mas que deixava a desejar em alguns pontos. Muito disso foi compensado com a introdução de multiplayer online cooperativo na série, algo que não combinava com o clima de terror dos primeiros títulos. Ele vendeu 3,18 milhões no Xbox 360 e 4,67 milhões no PlayStation 3.
Resident Evil 5 (Foto: Divulgação)
Muitos outros jogos paralelos foram lançados para a série, incluindo alguns bem fracos, como a série de tiro em primeira pessoa Resident Evil Survivor para o PlayStation One no ano 2000, que vendeu por volta de 700 mil unidades, ou a sofrível versão portátil de Resident Evil Gaiden para o GameBoy Color em 2002, da qual mal se tem dados de vendas.
Outros foram esforços medianos no PlayStation 2, como Resident Evil: Dead Aim em 2003, uma sequência um pouco melhor de Resident Evil Survivor que só vendeu 350 mil cópias, e Resident Evil: Outbreak em 2004, um jogo multiplayer online que se jogava com sobreviventes do incidente em Raccoon City , vendendo quase um milhão e meio. Ele também teve uma expansão, Resident Evil: Outbreak – File #2 em 2005, que vendeu 500 mil.
Resident Evil: The Darkside Chronicles (Foto: Divulgação)
Ainda tivemos títulos de tiro sobre trilhos no Nintendo Wii, como Resident Evil: The Umbrella Chronicles em 2007 e Resident Evil: The Darkside Chronicles em 2009, que explicaram mais da história da série, vendendo 1,45 milhão e 950 mil unidades, respectivamente, recebendo agora uma versão digital também para o PlayStation 3 como Resident Evil: Chronicles HD collection.
A franquia até mesmo se redimiu nos portáteis, com uma versão reimaginada do original, Resident Evil: Deadly Silence, para o Nintendo DS em 2006, o qual vendeu apenas 220 mil, e Resident Evil: The Mercenaries 3D em 2011 no Nintendo 3DS, com 330 mil unidades vendidas. Este último abriu caminho para o fantástico Resident Evil: Revelations, no mesmo ano e plataforma, o qual já alcançou vendas de 550 mil unidades.
Resident Evil: Revelations (Foto: Divulgação)
Recentemente, em março de 2012, a série ganhou mais um título na área dos jogos multiplayers, com Resident Evil: Operation Raccoon City para Xbox 360, PlayStation 3 e PC, novamente visitando a cidade de Resident Evil 2 e 3. O título não agradou muito e não há dados de vendas oficiais, mas rapidamente foi deixado de lado pela expectativa do sexto capítulo.
Com todo o prestígio atual, Resident Evil 6 caminha como o maior projeto já concebido pela Capcom, com promessas de que voltará a ser assustador, mas sem sacrificar todos os avanços que a ação trouxe para a franquia.
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