Adolescente tem bebê durante o Enem e ganha direito a nova prova.
Com o filho nos braços, Pâmela é acompanhada da mãe e do padrasto no hospital
Mercadante liga para jovem do MS que teve bebê durante Enem 2012 e a deixa fazer nova prova
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ligou neste domingo (4) para a adolescente de 17 anos que deu à luz pouco antes do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2012 e a autorizou a refazer a prova nos dias 4 e 5 de dezembro, quando o exame será aplicado em unidades prisionais e socioeducativas.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ligou neste domingo (4) para a adolescente de 17 anos que deu à luz pouco antes do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2012 e a autorizou a refazer a prova nos dias 4 e 5 de dezembro, quando o exame será aplicado em unidades prisionais e socioeducativas.
O fato aconteceu em Sidrolândia, cidade
distante 60 km de Campo Grande (MS). A adolescente entrou na sala para a
prova, que começou ao meio-dia (13h em Brasília), por volta das 11h.
Quinze minutos depois, ela passou mal e pediu para ir ao banheiro.
Já em trabalho de parto, ela foi
socorrida por uma auxiliar de enfermagem que atuava na fiscalização do
exame. Ali ela teve o bebê. Em seguida, a estudante foi levada para o
hospital da cidade. Mãe e filho passam bem.
A garota e seus familiares, moradores de
um assentamento rural perto de Sidrolândia, disseram no hospital que
não sabiam da gravidez. A adolescente não comentou que curso gostaria de
completar caso fosse bem no exame.
A assessoria do MEC informou que o
edital do Enem prevê que, em casos de acidente ou mal súbito, por
exemplo, no dia oficial do exame, o candidato tem a chance de fazer as
provas depois, na mesma data em que são aplicadas nos presídios. No ano
passado, ainda segundo a assessoria, um estudante que foi atingido por
um ventilador quando fazia a prova também pôde fazer o exame depois.
Enem 2012 pelo Brasil
Anis Kfouri Júnior, presidente da
comissão de defesa da cidadania da OAB-SP (Ordem dos Advogados do
Brasil), considera a decisão do ministro acertada por ser um motivo de
"força maior".
"É um caso alheio em que nem o candidato tem culpa, nem um terceiro e nem teria como ser previsto", explica Kfouri. "Me parece acertada a decisão no caso de trabalho de parto dentro do local de prova".
"É um caso alheio em que nem o candidato tem culpa, nem um terceiro e nem teria como ser previsto", explica Kfouri. "Me parece acertada a decisão no caso de trabalho de parto dentro do local de prova".
Kfouri adiciona que o caso abre um
precedente importante para outros candidatos fazerem pedidos de
reconsideração caso tenham tido problemas análogos "como um acidente ou
enchente", exemplifica.
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