Você por acaso sabe como os zumbis se tornaram tão populares?

Todo bom fã de cinema de terror que se preze sabe quem foi o diretor George Romero o primeiro a fazer um bom filme sobre zumbis, com o clássico de 1968 “A Noite dos Mortos-Vivos”. Mas você sabia que essa não é a origem dessas criaturas fantásticas?
No Haiti dos anos 1600 a 1700, os escravos africanos que trabalhavam nas plantações de cana de açúcar acreditavam que, através de magia negra, um feiticeiro vudu poderia fazer uma pessoa subitamente ficar doente e aparentemente morrer. Depois que a família enterrava o corpo, o bruxo recuperava a vítima, que na verdade estava viva, mas presa à vontade do ser maligno.
É provável que a “zumbificação” fosse utilizada para explicar problemas mentais ou desordens cerebrais que os escravos sofriam devido às longas jornadas de trabalho, surras, privação de sono, fome e doenças.

Das plantações para as telas

A lenda dessas criaturas ganhou fama no entretenimento quando o filme “White Zombie” foi lançado, em 1932. Estrelado por Bela Lugosi, ator farmoso por sua encarnação do Conde Drácula, o longa era inspirado livremente em um relato de viagem de William Seabrook, jornalista que em 1929 viajou pela África.
Seabrook, não conseguindo que o chefe de uma tribo guerreira africana fizesse uma boa descrição de como era o gosto de carne humana, conseguiu uma amostra fresca de um corpo e preparou ele mesmo a “refeição”.
Zumbis apareceram novamente em algumas outras produções cinematográficas, geralmente mantendo a temática vudu haitiana. Uma exceção que vale mencionarmos é “The Revenge of the Zombies”, de 1943, que tem uma temática voltada para a ficção científica. Na história, um cientista nazista tenta criar um exército de soldados mortos-vivos para Hitler usar na guerra.

Comendo cérebros

Apesar dessas produções já existirem, o que inspirou o famoso filme de Romero foi um livro sobre vampiros: “Eu Sou a Lenda”, de Richard Matheson, que conta a história de um homem que tenta sobreviver sozinho em um mundo tomado por criaturas vampirescas.
Romero e o co-roteirista John Russo adaptaram essa ideia para o enredo de um pequeno grupo de sobreviventes de uma infestação zumbi que precisam achar um modo de escapar de um Shopping Center tomado pelas criaturas comedoras de carne humana.
Em 1985, Russo lançou o filme “Return of the Living Dead”, onde os monstros não queriam mais apenas a carne dos vivos. Eles repetiam continuamente a palavra cérebro, para deixar bem claro o que queriam para o jantar. Desde então, andar com os braços esticados para frente, andar lentamente e dizer lentamente “cérebro” virou uma referência clara a zumbis.

Zumbis em alta

Em 1996, a produtora de jogos japonesa Capcom lançou o jogo Resident Evil. A protagonista fazia parte de um time de militares mandados para investigar uma mansão misteriosa nos arredores de uma cidade fictícia chamada Raccoon City.
Como não poderia deixar de ser, o local estava tomado por mortos que andavam. O jogo foi um grande sucesso, gerando várias sequências, adaptações para outras mídias e, obviamente, diversos títulos concorrentes. O jogo é tão popular que recentemente foi lançado um remake em HD, quase 20 anos depois de sua publicação original.
Há alguns anos, a Marvel Comics lançou uma série de quadrinhos em que todos os seus heróis e vilões foram infectados por um vírus zumbi, e que foi um sucesso de vendas tão grande que ganhou diversas continuações.
Hoje, talvez o maior expoente da febre dos mortos-vivos seja a série de TV “The Walking Dead”, que é adaptação de uma história em quadrinhos escrita por Robert Kirkman, e que já está em sua quinta temporada, com fãs ardorosos em todos os lugares.
Fora isso tudo, ainda existem vários outras mídias com o tema, como o filme de 2013 “Guerra Mundial Z”, outras séries de televisão que têm estreado recentemente e até desenhos e longas animados como “A Noiva Cadáver” e “Paranorman”, só para citar alguns.
E então leitor, você sabia todos esses fatos interessantes sobre essas criaturas horropilantes? Conhece alguma outra mídia bacana com zumbis que não apareceu na matéria? Deixe sua opinião ou sugestões nos nossos comentários.

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