Planeta X: evidências apoiam possibilidade de sistema solar ter 9 mundos
Recentemente, nós aqui do A Hora da Net postamos uma matéria a respeito da possível descoberta de mais um planeta no Sistema Solar. Você pode conferir a notícia completa através do nosso site, mas, resumidamente, nela explicamos que já faz tempo que cientistas de todo o mundo estão em busca do mítico “Planeta X”, e vira e mexe vestígios de anomalias interessantes são descobertos nos confins da nossa vizinhança.
Agora, astrônomos do Instituto de Tecnologia da Califórnia — Caltech — anunciaram que encontraram evidências da existência de uma superterra no Cinturão de Kuiper, região do espaço que delimita o sistema solar.
Nono planeta?
A existência do planeta ainda não foi confirmada, e os pesquisadores se basearam em modelos matemáticos e simulações criadas a partir das órbitas de seis objetos que foram identificados no Cinturão de Kuiper em 2014. Os astrônomos explicaram que esses objetos possuem órbitas bem inusitadas — com um grau de inclinação de 30° com respeito ao plano no qual os demais planetas do Sistema Solar se encontram.
Segundo acreditam, essa movimentação estranha poderia ser provocada pela presença de uma grande massa de objetos no Cinturão de Kuiper ou, ainda, por um nono planeta cuja existência ainda não foi descoberta nessa região. O mais interessante é que, considerando a hipótese da massa de objetos, os cálculos conduzidos pelos astrônomos revelaram que o Cinturão teria que ser cem vezes maior do que os cientistas estimam que ele seja.
Além disso, também foi descartada a possibilidade de que a anomalia seja provocada pelo movimento dos outros planetas do Sistema Solar, pois suas órbitas são muito irregulares para explicar a movimentação esquisita dos seis objetos.
Superterra
Os cientistas estimam que o candidato a superterra se encontra a 60 bilhões de quilômetros do Sol e que ele conta com uma massa equivalente a dez vezes a massa do nosso planeta. Além disso, eles acreditam que o objeto possui uma pronunciada órbita elíptica, levando entre 10 mil e 20 mil anos “terrestres” para completar uma volta ao redor da nossa estrela.
De acordo com os cálculos realizados pelos astrônomos, as órbitas dos seis objetos são afetadas pela gravidade desse “Planetão X” — e, apesar de nada ter sido confirmado ainda, as estimativas apontam que existe apenas uma chance em 15 mil (ou, em outras palavras, uma chance de 0,007%) de que a movimentação do grupo seja uma mera coincidência.
No entanto, apesar das evidências — e de as órbitas bizarras fortemente sugerirem que os seis objetos são afetados pela força gravitacional de um grande corpo — ninguém conseguiu ver a superterra ainda. O motivo poderia ser a distância, pois o planeta se encontra longe demais para refletir a luz do Sol. Além disso, pode ser também que exista um sétimo objeto no grupo dos seis e que ainda não foi descoberto — talvez seja ele a afetar a órbita dos demais.
De qualquer maneira, tudo parece indicar que os astrônomos realmente encontraram algo excitante nos confins do Sistema Solar — e é possível que eles finalmente tenham tropeçado com no tão procurado Planeta X.
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